Como Cuidar de Orquídeas: Manual Completo

Como cuidar de orquídeas e cultiva-las corretamente se tratando de uma planta doméstica bastante popular, as orquídeas (Orchidaceae) podem ser facilmente cultivadas e mantidas, contanto que se compreenda as condições perfeitas para o seu desenvolvimento e os cuidados necessários. Apesar de haver milhares de variedades de orquídeas disponíveis, as mais procuradas incluem as espécies Phalaenopsis, Cattleya, Dendrobium e Cymbidium.

Com suas características físicas similares e suas flores deslumbrantes, é possível adotar este manual de cultivo e cuidados para manter suas orquídeas saudáveis, florecendo todos os anos.

RESUMO
  • Cuidados e Cultivo
  • Podas
  • Pragas e Doenças
  • Adubação Correta
  • Envasamento
  • Floração
  • Propagação
  • Cultivo em Vaso
  • Cultivo em Árvore
  • Como Fazer Mudas
  • Perguntas Frequentes

Cuidados de Como Cultivar as Orquídeas

A chave de como cultivar as orquídeas em ambientes internos é simular ao máximo seu ambiente natural, onde as raízes crescem expostas e se fixam em superfícies ásperas, como cascas de árvores.

Ao adquirir sua orquídea, ela provavelmente estará em ótimo estado de saúde e com flores. Contudo, é comum que orquídeas adquiridas em lojas estejam em substratos que podem levar ao apodrecimento das raízes.

É importante não replantar a orquídea enquanto ela estiver florescendo. Em vez disso, diminua a rega até que as flores caiam. Seguindo estas orientações, você poderá manter sua orquídea saudável e florescente. Veja abaixo como cultivar as orquídeas:

  • Posicione-a em um lugar que receba bastante luz indireta, preferencialmente próximo a uma janela voltada para o sul ou leste.
  • Permita que o substrato de cultivo seque completamente entre as regas.
  • Utilize um fertilizante específico para orquídeas ou uma fórmula balanceada, como 20-20-20, diluída a um quarto da força recomendada, regando a planta abundantemente uma vez por semana. Diminua a fertilização nos períodos de dormência da orquídea, após a fase de floração.

Luz

Orquídeas exigem luz forte, mas não suportam sol direto, que pode queimar suas folhas. Prefira uma exposição à luz brilhante e indireta, idealmente de uma janela voltada para o sul ou leste.

Solo

Orquídeas não se desenvolvem bem em solo comum de vasos ou em misturas tradicionais. Adquira ou prepare um meio de cultivo específico para orquídeas, que deve ser leve e permitir uma drenagem eficaz. Ingredientes comuns para essa mistura incluem casca de árvore, musgo esfagno, perlita e turfa, buscando um pH ligeiramente ácido.

Água

É crucial que as orquídeas sequem completamente entre as regas para evitar o apodrecimento das raízes. Para determinar o momento certo para regar, verifique se o substrato está seco ao toque e o vaso está leve. As raízes devem ser observadas: se estiverem firmes e de cor branca ou verde, estão hidratadas; se estiverem enrugadas e cinzentas, necessitam de água; se estiverem enrugadas, esponjosas e de cor preta ou marrom, podem estar apodrecendo.

Normalmente, as orquídeas precisam ser regadas duas vezes por semana durante os meses mais quentes de crescimento ativo e apenas uma vez por semana nos meses mais frios. Utilize água em temperatura ambiente, regando lentamente até que saia pelas aberturas de drenagem.

Temperatura e Umidade

As orquídeas preferem temperaturas entre 10°C e 32°C, com níveis de umidade entre 40% e 70%. Um ambiente quente e úmido pode prolongar a floração. Evite colocar sua orquídea em locais com correntes de ar frio, exposição direta ao sol ou ar seco de aquecedores.

Fertilizante

Durante a estação de crescimento, na primavera e no verão, fertilize com um produto específico para orquídeas, seguindo as orientações do fabricante. Evite fertilizar nos meses de inverno.

Cuidados Com Orquídeas Após a Floração

Como cultivar as orquídeas requer cuidados e quando as flores caírem, ajuste seus cuidados para focar na manutenção de longo prazo. A prática comum entre cultivadores é cortar a haste floral antiga perto da base após a queda das flores. Adicionalmente, esse é o momento ideal para replantar sua orquídea em um recipiente mais apropriado, utilizando um substrato leve e arejado e um vaso que promova excelente circulação de ar, como os de argila não esmaltada ou vasos específicos para orquídeas, que possuem furos laterais.

Conheça os Tipos de Orquídeas

Poda das Orquídeas

A poda correta de orquídeas antigas é essencial para incentivar o surgimento de novas flores. Ao podar sua orquídea, garanta que a ferramenta utilizada esteja afiada e esterilizada, pois um corte limpo é crucial para manter a saúde da planta.

Diferentes espécies de orquídeas demandam técnicas de poda específicas; contudo, é recomendável remover as flores murchas para que a planta não desperdice energia com partes antigas. Após o fim do período de floração, é possível podar a haste floral. No entanto, é importante notar que algumas variedades de orquídeas, como as Phalaenopsis, podem florescer novamente na mesma haste. Nesses casos, deve-se retirar apenas as flores murchas, mantendo a haste intacta.

Propagando as Orquídeas


A propagação de orquídeas através de sementes é um processo complexo devido à necessidade de condições muito específicas, difíceis de reproduzir em ambientes caseiros. Por isso, a divisão da planta é o método mais comum para propagar orquídeas. Se você possui uma orquídea adulta ou grande que deseja dividir em duas plantas separadas, siga estes passos:

  • Umedeça o substrato para facilitar a remoção da planta do vaso.
  • Inspecione as raízes da orquídea, eliminando quaisquer partes que estejam danificadas ou mortas, as quais podem apresentar um aspecto preto, pastoso ou fino como papel. Raízes saudáveis são firmes e volumosas.
  • Separe cuidadosamente algumas das raízes e caules. Caso não consiga separá-los com as mãos, utilize uma ferramenta de corte afiada e esterilizada.
  • Transplante cada nova planta para um vaso com substrato novo para orquídeas, providencie suporte se necessário e proceda com a rega imediatamente após o replantio.

Envasamento e Repotting das Orquídeas


Se observar que as raízes da sua orquídea estão se expandindo para fora do vaso ou se o substrato já se decompôs por completo, é indicativo de que chegou o momento de replantar a planta. É importante aguardar o término do período de floração antes de proceder com o replante da orquídea. Siga estes passos para replantar sua orquídea com sucesso:

  • Remova com delicadeza a orquídea do vaso atual, umedecendo o substrato se necessário, para facilitar a remoção da planta sem danificá-la.
  • Utilize uma ferramenta de corte esterilizada para aparar quaisquer raízes que estejam mortas ou danificadas. Raízes saudáveis devem apresentar uma cor verde, branca ou amarelada e uma textura firme.
  • Escolha um novo vaso que seja ligeiramente maior do que o anterior e posicione a orquídea dentro dele. Adicione um meio de cultivo novo ao redor das raízes, garantindo que esteja apropriado para o tipo específico de orquídea que você possui.
  • Caso as raízes ainda não estejam firmemente estabelecidas no novo substrato, é aconselhável utilizar estacas para dar suporte à planta, mantendo-a na posição vertical. Com o tempo, as novas raízes irão crescer e se fixar ao substrato e ao vaso, proporcionando estabilidade à orquídea.

Essas etapas ajudarão a garantir que sua orquídea continue a crescer saudavelmente e florescer nas próximas estações. Leia mais para saber como cultivar as orquídeas.

Pontas

Ao replantar sua orquídea, a escolha do vaso é crucial para promover um crescimento saudável da planta. Aqui estão algumas dicas para selecionar o vaso ideal:

  • Vasos de Plástico Transparentes: Esses vasos possuem múltiplas ranhuras que não só permitem uma drenagem eficaz da água, mas também facilitam o monitoramento da saúde das raízes. Uma prática comum é colocar esses vasos transparentes dentro de um recipiente externo de cerâmica mais decorativo, permitindo combinar a funcionalidade com a estética.
  • Terracota: A terracota é uma opção acessível e bastante popular entre os cultivadores de orquídeas devido à sua capacidade de secar rapidamente. Este tipo de vaso é ideal para orquídeas que preferem um ambiente de raiz mais seco e pode ajudar a evitar o excesso de umidade, que é prejudicial para muitas espécies de orquídeas.
  • Vasos Especiais para Orquídeas: Esses vasos são desenhados especificamente para orquídeas e apresentam orifícios nas laterais, promovendo uma excelente circulação de ar ao redor das raízes. Ao optar por um vaso deste tipo, é importante verificar o tamanho dos orifícios para garantir que o meio de cultivo não escape durante a rega. Os orifícios devem ser suficientemente pequenos para reter o substrato, mas grandes o suficiente para permitir uma boa aeração.

Escolher o vaso correto é um passo fundamental para assegurar o desenvolvimento saudável da sua orquídea, contribuindo tanto para a beleza quanto para a longevidade da planta.

Como Fazer as Orquídeas Florescerem Novamente

As orquídeas devem florescer pelo menos uma vez ao ano, mas é importante notar que diferentes espécies têm seus próprios ciclos específicos de floração. As flores de uma orquídea tipicamente duram entre dois a quatro meses. No entanto, se sua orquídea não estiver florescendo, existem várias estratégias que você pode tentar para estimular o processo:

  • Redução de Temperatura para Phalaenopsis: Algumas variedades de orquídeas, como as Phalaenopsis, podem ser encorajadas a florescer novamente se expostas a uma queda de temperatura durante a noite por algumas semanas. Isso simula as condições naturais que sinalizam para a planta que é hora de florescer.
  • Luz Adequada: A luz é crucial para a floração das orquídeas. Certifique-se de que sua planta esteja recebendo a quantidade adequada de luz indireta. Luz demais ou de menos pode afetar o ciclo de floração.
  • Umidade e Temperatura: Mantenha a umidade e a temperatura dentro dos níveis recomendados para sua espécie de orquídea. Variações extremas podem impedir a floração.
  • Fertilizante Apropriado: Fornecer o fertilizante correto para sua orquídea é essencial para promover a floração. Use um fertilizante formulado especificamente para orquídeas, seguindo as instruções de dosagem e frequência.
  • Meio de Cultivo: Assegure-se de que o meio de cultivo esteja em boas condições e seja adequado para a sua orquídea. Um substrato inadequado ou esgotado pode afetar a saúde geral da planta e sua capacidade de florescer.

Implementar essas estratégias pode ajudar a estimular sua orquídea a florescer. Lembre-se de que a paciência é chave, pois pode levar algum tempo para que a planta responda às mudanças nas condições de cultivo.

Pragas e Doenças 

Como cultivar as orquídeas requer muitas vezes enfrentar alguns problemas com pragas, mas podem atrair uma variedade de pragas comuns a muitas plantas de interior. Entre elas estão pulgões, mosquitos de fungo, cochonilhas, ácaros, escamas, tripes e moscas brancas. Aqui estão algumas estratégias para lidar com essas pragas:

  • Remoção Manual: Muitas pragas podem ser removidas fisicamente usando uma escova suave ou simplesmente com a mão. Isso pode ser eficaz para infestações leves.
  • Jato de Água: Um jato de água suave pode ajudar a desalojar pragas das folhas e caules das orquídeas. Esta é uma solução não tóxica e simples.
  • Sabonete Inseticida: Borrifar as pragas com sabonete inseticida pode ser uma maneira eficaz de eliminá-las. Certifique-se de usar um produto adequado para orquídeas e seguir as instruções de aplicação.
  • Óleo de Neem: O óleo de neem é um tratamento natural que pode sufocar as pragas. Ele interrompe o ciclo de vida dos insetos sem prejudicar a planta e é seguro para uso em orquídeas.

Além das pragas, as orquídeas podem sofrer de problemas relacionados à água, como a podridão das raízes, causada por rega excessiva. Doenças fúngicas como antracnose, fitóftora (manchas pretas nas folhas), botrítis, algas nas folhas e ferrugem das pétalas também podem afetar orquídeas. Tratar essas doenças prontamente com fungicidas específicos e ajustar as condições de cultivo (como a frequência de rega e a circulação de ar) pode ajudar a manter suas orquídeas saudáveis.

Monitorar regularmente suas orquídeas para detectar sinais de pragas ou doenças é crucial para mantê-las saudáveis. A prevenção, através de boas práticas de cultivo, é sempre a melhor estratégia de como cultivar as orquídeas.

Problemas Comuns Com as Orquídeas

Quando uma orquídea encontra um local que lhe agrada e se adapta à sua nova rotina de cuidados, é provável que ela cresça de forma saudável e presenteie seu cuidador com flores belíssimas. No entanto, condições subótimas podem levar a uma série de problemas comuns, incluindo:

Folhas Enrugadas e Murchas

  • Causa: Geralmente, isso indica que a orquídea não está recebendo água suficiente. O problema frequentemente reside nas raízes, que podem estar danificadas.
  • Solução: Verifique as raízes. Se estiverem pretas e moles, corte as partes danificadas com uma ferramenta esterilizada e replante em um novo substrato. Se as raízes parecerem saudáveis (firmes e de cor branca ou verde), mas as folhas estiverem murchas, o problema pode ser submersão.

Folhas Amarelas

  • Causa: Comum em casos de rega excessiva ou apodrecimento das raízes.
  • Solução: Permita que o substrato seque bem entre as regas. Se o problema persistir, pode ser necessário replantar a orquídea, removendo as raízes danificadas no processo.

Folhas Caindo

  • Causa: Pode ser um sinal de submersão ou de que a orquídea não está recebendo luz suficiente.
  • Solução: Ajuste a frequência de rega e mova a planta para um local com luz indireta mais forte.

Botões Florais Caindo

  • Causa: A queda dos botões geralmente indica estresse. Isso pode ser causado por uma variedade de fatores ambientais.
  • Solução: Revise as condições de cultivo, atentando para problemas como rega inadequada, variações de temperatura, exposição a correntes de ar, vapores químicos, baixa umidade e proximidade com frutas que emitem etileno, que pode acelerar o envelhecimento das flores.

Hastes Florais Amarelas ou Marrons

  • Causa: Pode ser resultado de excesso de água, queimaduras solares, falta de nutrientes ou infestação por fungos.
  • Solução: Ajuste as condições de cultivo conforme necessário, e lembre-se de que é normal que os caules das flores mais velhas fiquem marrons após as flores caírem.

Manter um ambiente de cultivo estável e monitorar as necessidades específicas de sua orquídea pode prevenir muitos desses problemas comuns. Atenção especial à rega, luz e temperatura ajudará a manter sua orquídea saudável e florescente.

Como cultivar as Orquídeas em Troncos de Árvores

1-Identifique onde colocar sua orquídea na árvore

  • Condições adequadas de luz são cruciais para orquídeas montadas. As espécies de orquídeas que preferem sol tendem a prosperar melhor no tronco, pois este oferece mais exposição solar. Por outro lado, as orquídeas que preferem sombra favorecem os ramos horizontais e o abrigo fornecido pelo dossel da árvore.
  • O ideal é escolher madeiras tropicais com casca rugosa, como manga, abacate, carvalho ou qualquer madeira dura com uma textura de casca áspera. As palmeiras são uma excelente escolha para aquelas espécies que preferem climas quentes e desejam muita luz.
Espécies de orquídeas que preferem sombra – níveis de luz baixos a médios
  • Posicione estas espécies nos ramos próximos ao tronco da árvore, onde estarão bastante cobertas pelo dossel, ou nas junções entre os ramos e o tronco ou estruturas na casca perto do tronco da árvore, onde estarão protegidas do sol.
  • Procure a presença de líquens (manchas verdes, cinzas, brancas e amarelas no tronco) – eles geralmente indicam condições mais úmidas e sombreadas, locais ideais para o cultivo de orquídeas.
Espécies de orquídeas com sombra parcial ou que gostam de sol – níveis de luz médios a altos
  • Escolha um local mais próximo das pontas dos ramos da árvore, um ramo com orientação horizontal, mas ainda assim espesso o suficiente para suportar as raízes da orquídea. O local deve receber um pouco de sol, mas também oferecer alguma proteção através da sombra parcial do dossel. Novamente, procure a presença de líquens para indicar condições úmidas.
  • Se você tem uma espécie que gosta particularmente do sol, pode optar por palmeiras sob luz solar direta ou por um ramo que receba sol intenso.

2- Limpe as raízes de terra ou musgo esfagno

  • Localize as novas raízes próximas à base do caule. É desejável fazer com que as raízes na base do caule – referidas como “pseudobulbo” – entrem em contato direto com a árvore.
  • É importante evitar qualquer obstáculo nesse processo – não permita que musgo permaneça no pseudobulbo, pois as novas raízes precisarão atravessá-lo para se fixar.
  • Caso esteja iniciando com uma orquídea plantada em vaso, remova completamente o substrato de plantio (musgo esfagno/terra) das raízes. Assegure-se de que as novas raízes estejam totalmente expostas.

3- Disponha as raízes sobre a casca do tronco ou ramo da árvore

  • As novas raízes, que brotam do pseudobulbo, são as que se fixarão à árvore, embora as raízes antigas ainda sejam funcionais e devam ser mantidas. O mais crucial é assegurar que as raízes da orquídea estejam limpas e firmemente aderidas à casca áspera do tronco ou dos ramos.
  • Posteriormente, acomode o máximo de raízes possível na casca, distribuindo-as de maneira adequada.

4- Fixe a orquídea à casca da árvore

  • Para fixar orquídeas, utilize um material não metálico e resistente. Empregue juta, estopa ou qualquer outro tipo de barbante vegetal – um material que apresente alta resistência à tração e que se degradará naturalmente, desprendendo-se da árvore após a orquídea estar devidamente fixada. *
  • Caso a planta seja muito pesada, pode-se recorrer a abraçadeiras. Aperte as amarras de plástico o máximo possível, mantendo o pseudobulbo afastado da árvore. As abraçadeiras eventualmente se romperão e não prejudicarão sua árvore. *
  • Evite o uso de arame metálico para fixar as orquídeas, pois isso pode danificar a árvore conforme ela cresce.
  • Posicione a orquídea próximo ao ponto mais robusto da planta – onde o caule e as raízes se encontram – assegurando que as extremidades das novas raízes estejam em contato com a casca. Oriente a planta de maneira que as raízes estejam direcionadas para baixo e as folhas para cima.
  • Evite pressionar as folhas contra a casca para favorecer a circulação do ar e minimizar o risco de apodrecimento. Após fixar a orquídea à árvore, dê leves batidas para confirmar que está bem presa.

5- Regue intensamente para firmar a planta

  • Inicie o cuidado com suas orquídeas recém-fixadas na árvore com uma rega intensa. Para promover o estabelecimento inicial da planta, é recomendável regar as raízes da orquídea diariamente por duas semanas. *
  • Após esse período, comece a diminuir gradualmente a quantidade de água; na terceira semana, regue em dias alternados. *
  • Na quarta semana, regue a cada três dias e, após um mês, não será mais necessário continuar com a rega regular.
  • Adicionalmente, pode-se aplicar uma cobertura nas raízes para proteger a parte superior – um material recomendado para esse fim é a casca de coco, que ajuda a reter umidade por mais tempo.
  • Se o processo for bem-sucedido, suas orquídeas poderão florescer nos próximos meses de primavera e verão.

Como Plantar Orquídea no Vaso

Normalmente, as orquídeas se desenvolvem bem quando fixadas em árvores vivas ou em cascas, pois esse ambiente simula seu habitat natural. No entanto, caso não seja viável utilizar esses suportes, não se preocupe: as orquídeas também se adaptam muito bem ao cultivo em vasos, desde que se siga cuidadosamente um guia para o plantio.

Instruções para cultivar uma orquídea em vaso Se seu objetivo é aprender a cultivar orquídeas em vasos, aqui está um guia passo a passo que facilitará a realização desse projeto. Confira como proceder nesta aventura verde.

1 – Selecione o vaso apropriado

  • O ponto de partida para cultivar orquídeas envolve a escolha do vaso ideal. Os vasos de barro são altamente recomendados devido à sua capacidade de permitir a transpiração, evitando o acúmulo de água nas raízes.
  • Caso não tenha acesso a um vaso de barro ou prefira utilizar outro tipo, como os de plástico, é possível adaptar-se. No entanto, é essencial monitorar as regas para prevenir a retenção excessiva de água, o que poderia danificar as raízes da planta.
  • Além disso, é importante considerar o tamanho do vaso, que deve ser proporcional ao tamanho da orquídea, garantindo que tenha espaço suficiente para o desenvolvimento da planta, com uma margem de pelo menos dois dedos além do tamanho do bulbo.

2 – Prepare o substrato

  • Adquirir um substrato rico em nutrientes, preferencialmente orgânico, é um passo fundamental. Existem misturas de solo específicas para orquídeas, que geralmente contêm musgo, um componente muito adequado para essas plantas de estética notável.
  • Após obter o substrato, inicie o processo forrando o fundo do vaso com uma camada de pedras ou cacos de telha, o que ajudará na drenagem. Em seguida, adicione o substrato, assegurando-se de compactá-lo ao redor da planta para que esta fique estável.
  • Se, após fixar bem a planta no substrato, ela ainda parecer instável, utilize um espeto de churrasco e arame para ancorar o caule da flor, proporcionando suporte adicional.


3 – Atenção especial na frequência das regas

  • Manter um equilíbrio na rega é essencial para evitar o excesso de água, que pode levar ao apodrecimento das raízes, um risco ainda maior quando se usa vasos de plástico.
  • Um método eficaz para acertar na rega é verificar a umidade do substrato inserindo um dedo na terra a cada dois dias. Com o tempo, você aprenderá a identificar as necessidades de sua orquídea e não precisará mais desse truque. Além disso, é recomendável colocar o prato sob o vaso somente após a drenagem da água excedente, para evitar acúmulo de umidade.

4 – Nutrição adicional com fertilizantes

  • Embora o substrato forneça os nutrientes iniciais necessários para o desenvolvimento da orquídea, pode ser necessário complementar com adubo para garantir o fornecimento equilibrado de nutrientes essenciais. Aplicar um fertilizante balanceado, como o NPK 10-10-10, a cada três meses, pode promover um crescimento saudável de raízes, folhas e flores.

5 – Posicionamento estratégico para a luz

  • O local onde você decide colocar sua orquídea, especialmente durante o período de floração, pode variar. No entanto, durante a fase de crescimento, é crucial que a planta esteja em um ambiente bem iluminado, protegido de correntes de ar, mas que ainda assim tenha uma boa circulação de ar.

6 – Cuidados diários são fundamentais

  • Por fim, a atenção aos cuidados diários com sua orquídea não deve ser negligenciada. É importante esterilizar as ferramentas de corte para evitar a transmissão de doenças. Evite cortar folhas velhas desnecessariamente; permita que elas caiam naturalmente e apenas remova-as para manter a área limpa e ordenada.

Como Fazer Mudas de Orquídeas

Entender o processo de reprodução de orquídeas e estar ciente dos cuidados específicos que esta bela planta requer ajudará a expandir sua coleção.

Passo a Passo para fazer as Mudas de Orquídeas


Antes de aprender como fazer mudas de orquídea, é crucial considerar certos detalhes que influenciarão o sucesso da reprodução da planta. O momento mais adequado para realizar o plantio é após o término da temporada de floração.

A floração é um período na vida das plantas que demanda grande energia, e replantar orquídeas durante esse período pode afetar negativamente a vitalidade da planta, resultando em falhas no florescimento. Portanto, mesmo que haja ansiedade para propagar as plantas, é essencial aguardar o momento ideal.

Outro aspecto relevante é que existem diversas espécies desse tipo de planta, e os métodos para fazer mudas de orquídea podem variar entre elas. No entanto, de forma geral, basta seguir o passo a passo adequado.

1- Mudas através de rizomas

  • Para as orquídeas do tipo Cattleya, a muda através de rizomas é uma excelente opção. Essa espécie tem boa adaptação a este método e tende a crescer e florescer normalmente. Os rizomas são extensões do caule ricas em nutrientes e essenciais para o crescimento da planta.
  • Para identificar os rizomas, observe a parte que se estende horizontalmente ao substrato, de maneira rasteira, formando raízes a partir dos “nós”. A orquídea que será dividida deve estar bem desenvolvida para garantir sucesso no cultivo. É ideal que a planta mãe tenha passado por pelo menos uma estação de floração.

Assim, o primeiro passo para propagar orquídeas através dos rizomas é identificá-los e, em seguida, separá-los. Tenha um vaso preparado com substrato para transplantar a planta e siga estes passos:

  • Remova a planta adulta do vaso.
  • Limpe as raízes, removendo as velhas e secas.
  • Lave a planta com água corrente.
  • Utilize uma tesoura ou faca para separar os rizomas.
  • Plante-os no vaso previamente preparado com substrato.

2- Mudas por sementes

Se você está ansioso para ver sua orquídea florescer rapidamente em um vaso, este método pode não ser o ideal, pois é bastante trabalhoso e os resultados demoram a aparecer. No entanto, para aqueles que desejam acompanhar todo o processo de crescimento da planta desde o surgimento das raízes, sem dúvida plantar as sementes é a melhor opção.

Neste caso, é essencial o uso de um fungo chamado micorriza, fundamental para a germinação das sementes. Ele pode ser adquirido em lojas especializadas ou até mesmo encontrado na natureza, nos troncos das árvores. Para reproduzir orquídeas a partir de sementes, siga estas instruções:

  • Macere duas raízes de orquídea em água filtrada ou água de coco.
  • Peneire o líquido obtido e misture com as sementes.
  • Despeje a mistura em um tronco de árvore ou vaso com substrato.
  • Adicione os fungos.

Uma dica para fazer mudas de orquídea sem a presença de fungos é despejar a mistura em uma orquídea adulta da mesma espécie. Nesse ambiente, é mais provável encontrar naturalmente a presença do fungo necessário.

3- Mudas pelo Caule

Produzir mudas de orquídea através do caule é um processo simples e prático. A única atenção necessária é garantir que o caule possua raízes brotando para que a nova planta germine com sucesso. Veja como fazer mudas de orquídea dessa forma é fácil:

  • Corte o caule no ponto onde as raízes estão brotando.
  • Enterre a parte do caule com as raízes em um vaso contendo substrato.
  • Se necessário, utilize uma vareta para sustentar a muda.

Tipos de Orquídeas Para Ter Em Casa

Na natureza, encontramos uma vasta diversidade de orquídeas, com mais de 50 mil espécies em todo o mundo. Nem todos são simples de cultivar em casa, por isso compilamos uma lista com 5 tipos de orquídeas ideais para cultivo doméstico.

  • halaenopsis (Orquídeas Mariposa): Caracterizadas por suas flores arredondadas com um labelo distintivo, crescem em um caule único e alto que emerge de um grupo de folhas carnudas e ovais. As cores das flores variam entre branco, roxo, rosa ou uma combinação dessas cores.
  • Dendrobium (Orquídeas de Cana): Possuem flores pequenas que brotam em fileiras ao longo de caules que surgem de colmos robustos, comumente exibindo vários aglomerados de flores por planta. As cores mais comuns são branco e roxo. As folhas do Dendrobium são estreitas e crescem lateralmente nos caules.
  • Cattleya (Orquídeas Corsage): Amplamente utilizadas em corsages, as Cattleyas foram extensivamente hibridizadas, resultando em uma ampla gama de cores e formas. Algumas variedades são notavelmente perfumadas e podem apresentar características atraentes como sardas, estrias ou padrões bicolor.
  • Cymbidium (Orquídeas de Barco): Estas orquídeas possuem várias pontas florais para assegurar uma exibição vistosa. Entre as boas opções para iniciantes estão o Cymbidium ‘Chica’, de cor verde limão; o ‘Showoff’, de amarelo e vermelho; ou o ‘Frae’, de rosa brilhante, todos recebedores do Certificado Altamente Recomendado da American Orchid Society.

Orquídeas Cattleya

Um dos tipos de orquídeas mais comuns e amplamente disponíveis no Brasil é a Cattleya. Originária da América do Sul, essa espécie se destaca por suas flores de grande porte, perfumadas e vibrantes em cores. Popularmente chamada de Rainha do Sertão, essa planta é reconhecida por sua preferência por luz solar direta.

  • Cattleya labiata: Essa variedade de orquídea é distinta e fácil de identificar. Suas flores, que podem atingir até 25cm de diâmetro, são predominantemente lilases. Originária do Nordeste do Brasil, é uma excelente opção para ornamentar jardins e áreas externas.
  • Cattleya intermedia: Esta espécie está disponível em tons de branco, roxo e azul, alcançando uma altura média de 30 a 50cm. Para um cultivo adequado, recomenda-se colocá-lo em locais com luz filtrada, como varandas ou perto das janelas, onde possa ser protegido durante os períodos de temperatura mais alta do dia.

Orquídea Paphiopedilum

A Paphiopedilum é uma orquídea bastante apreciada no Brasil, embora seja originária do Sudeste Asiático, especialmente das montanhas do Himalaia. O que se destaca nas diferentes variedades dessa espécie é a falta de fragrância e a forma peculiar de suas folhas, ou que lhe rende o apelido de “orquídea-sapatinho”.

  • Paphiopedilum insigne: A Paphiopedilum insigne é uma das orquídeas mais reconhecidas globalmente. Com cerca de 10cm de altura e especial que apresenta uma combinação de tons marrom e verde, ela é uma espécie que prospera em ambientes com temperaturas mais amenas. No entanto, para cuidar dessa flor, é essencial cuidar dos ventos fortes e realizar a rega pela borda do vaso.
  • Paphiopedilum leeanum: A Paphiopedilum leeanum, embora originária do Himalaia, é uma das mais populares de sua espécie entre os brasileiros. Assim como outras variações, ela se destaca por sua delicadeza e pela ausência de fragrância. Sua ocorrência ocorre no inverno, exigindo cuidados especiais com a rega para evitar que o solo fique encharcado.

Orquídeas Dendrobium

O Dendrobium é uma das maiores categorias de orquídeas do mundo, composta por mais de 1500 espécies específicas. Todas essas variações podem ser divididas em dois tipos principais: epífitas e litófitas. As espécies epífitas florescem usando árvores e outras plantas como suporte, enquanto as litófitas são aquelas que se desenvolvem em cima de rochas ou entre rachaduras.

  • Dendrobium chrysotoxum: Para quem busca uma orquídea delicada para ser cultivada em climas tropicais, uma opção é o Dendrobium chrysotoxum. As principais características desta flor são suas espécies amarelas de 5cm de diâmetro, conferindo-lhe um visual único. Com o caule e as folhas somadas, a planta pode atingir até 30cm de altura.
  • Dendrobium nobile: A orquídea Dendrobium nobile é originária da Ásia, porém se adaptou tão bem ao clima tropical que se tornou a mais popular de sua espécie no Brasil. Reconhecido como “olhos de boneca” devido à sua aparência delicada, suas folhas podem atingir até 6cm de altura, tornando-a uma excelente escolha para decorar ambientes internos.

Orquídeas Cymbidium

A Cymbidium é uma espécie de orquídea originária da Oceania e da Ásia, frequentemente utilizada em arranjos florais e na decoração de espaços internos. Para desabrochar em toda a sua beleza, ela requer luz solar indireta. Portanto, locais como varandas, próximas a janelas e em áreas cobertas de jardins são ideais para seu cultivo.

  • Cymbidium canaliculatum: Essa variedade de orquídea se destaca por suas pequenas flores perfumadas, com cerca de 4cm de diâmetro. Além disso, sua forma pendente atrai atenção pela combinação de cores das propostas, que podem variar entre tons de marrom, verde e um rótulo branco encantador. São excelentes escolhas para a composição de jardins suspensos.
  • Cymbidium dayanum: Outra orquídea recomendada para a criação de um jardim vertical elegante é o Cymbidium dayanum. No entanto, há um detalhe importante a se considerar antes de iniciar o cultivo e cuidado dessa flor. Por ser nativa da Ásia, ela não tolera temperaturas muito baixas, como aquelas abaixo de 10°C. Portanto, se você reside em regiões com clima muito frio, é aconselhável optar por outro tipo de orquídea para o seu jardim vertical.

Orquídeas Phalaenopsis

Encerrando nossa lista de orquídeas para cultivo doméstico, temos a Phalaenopsis, que é a mais popular entre todas elas. Reconhecida como orquídea-borboleta devido ao formato de sua atração, essa espécie pode alcançar até 1 metro de altura. Ela é versátil, podendo ser cultivada tanto em vasos quanto em floreiras para a criação de jardins pendentes.

  • Phalaenopsis violácea: A Phalaenopsis violácea é uma orquídea originária da Oceania, reconhecida por seu tamanho compacto, atingindo apenas 35 cm durante o pico de sua acústica. Suas apresentações apresentam uma tonalidade arroxeada, embora variações em tons de branco e azul também sejam encontradas. A combinação dessas cores proporciona um visual único para decoração de qualquer ambiente.
  • Phalaenopsis amabilis: Para quem tem um pouco mais de espaço em casa, uma opção para decorar com moda é a Phalaenopsis amabilis. Com aproximadamente 50 cm de altura, suas pétalas são brancas e suas folhas possuem uma tonalidade verde oliva, o que a torna uma orquídea ideal para adicionar um toque discreto ao ambiente. Um ponto importante a ser observado é que essa flor requer rega de 3 a 4 vezes por semana.

Perguntas Frequentes Sobre Orquídeas

As orquídeas são fáceis de cultivar? Sim, orquídeas podem ser mais fáceis de cultivar do que muitos pensam, desde que sejam fornecidas as condições adequadas para o seu crescimento e cuidado.

Quanto tempo pode viver uma orquídea? Orquídeas podem ter uma longevidade impressionante, vivendo por décadas ou até mais, se mantidas em um ambiente propício.

Onde devo cortar o caule de uma orquídea quando as flores acabarem? Após a queda das flores, o caule ou haste floral deve ser cortado de volta à base com uma ferramenta afiada e esterilizada. Para orquídeas Phalaenopsis, que podem florir novamente na mesma haste, corte acima dos primeiros dois ou três nós, em vez de cortar até a base.

Quanto tempo leva para uma orquídea florescer novamente? A frequência da floração varia entre as espécies de orquídeas. Normalmente, elas florescem uma vez por ano, mas algumas espécies podem fazê-lo mais vezes. O desenvolvimento da haste floral e o processo de floração podem demorar de algumas semanas a vários meses.

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